terça-feira, 25 de agosto de 2015

TANTAS COISAS PARA ELES FAZEREM DEIXA O WHATSAPP EM PAZ

WhatsApp: todos adoram, menos as operadoras e o ministro Berzoini

Imagem: DivulgaçãoO WhatsApp é um dos aplicativos mais populares de todos os tempos. Rápido, flexível, prático e, melhor ainda, é de graça, uma mão na roda em tempos difíceis e preços altos. Além de ser perfeito no que se propõe a fazer, ou seja, conectar pessoas. Por isso, todos adoram o WhatsApp. Isto é, todos menos as operadoras e o ministro Ricardo Berzoini, que estão loucos para acabar com ele. As informações e comentários fazem parte da coluna de Tecnologia do ‘O Globo’, de Cora Rónai.
A colunista afirma que entende o motivo das operadoras não gostarem do aplicativo, o povo deixa de dar dinheiro para as operadoras e economiza. Porém, “por mais que me esforce, não consigo entender por que o ministro não gosta do aplicativo, que considera um serviço pirata ‘à margem da lei'”, diz Cora.
E ela continua: “Pensem comigo. Assim como o seu esclarecido colega Aldo Rebelo, da Ciência, Tecnologia e Inovação, o ministro Berzoini se considera um homem de esquerda. Ora, como tal, ele deveria, pelo menos em tese, amar a vasta massa de trabalhadores — que, por sua vez, amam de paixão o WhatsApp, que funciona a seu favor e protege o seu dinheiro das teles. As teles, todos sabemos, são empresas gigantescas, que têm lucros quase tão obscenos quanto os dos bancos. E que, ainda por cima, mandam quase tudo o que ganham para o exterior: ‘Subsidiárias brasileiras de telecomunicações chegam a enviar (para o exterior) até 95% de seus ganhos anuais, como forma de reduzir endividamentos e de compensar queda na receita em países menos performáticos; a TIM e a Vivo, por exemplo, enviaram para suas matrizes cerca de R$ 15 bilhões desde 2009; ao mesmo tempo, continuam liderando reclamações na Anatel e enfrentando dificuldades em ampliar capacidade da rede de dados'”.
As informações citadas pela colunista foram extraídas do blog Brasil 247, uma espécie de porta-voz do governo. “Era de se esperar, portanto, que o ministro, como homem de esquerda que diz ser, demonstrasse um pouco menos de amor pelas teles e um pouco mais de amor pelos trabalhadores, que tanto dependem do WhatsApp. Também era de se esperar que notasse que, há tempos, as operadoras cobram dos cidadãos contas cada vez maiores por serviços cada vez piores, o que justifica em boa parte o sucesso do aplicativo. Até outro dia, homens de esquerda defendiam pessoas físicas da sanha de pessoas jurídicas; mas isso, claro, era na época em que a esquerda ficava à esquerda, e não à direita da direita, como fica hoje”, defina Cora.
Para ela, o argumento do ministro Berzoini de que “esse tipo de serviço subtrai empregos do povo brasileiro”, demostra a falta de entendimento de que emprego não é necessariamente sinônimo de trabalho e que tecnologias como o WhatsApp ajudam a todos os trabalhadores, indistintamente.
“Ninguém pode criticar o ministro por ignorar a realidade. Militando no PT, alçado àquela elite política que tem todas as despesas pagas e todos os problemas cotidianos resolvidos, ele certamente não vê um trabalhador de perto há anos — e não precisa do WhatsApp para nada”, finaliza Cora Róna
Fonte: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Segio Lima Artesanato

 
Template Desenvolvido Blogger
/>