29/08/2014
(Fotos: Agência Estado :: Alan Marques/Folhapress)
O Pastor Everaldo,
candidato do PSC à Presidência, vem fazendo uma campanha corajosa e heroica.
Ele poderia, como
outros pastores em outras eleições, apelar para a religiosidade dos eleitores,
encher a tela de demagogia piegas e só aparecer pensando em futuras eleições
para cargos menos importantes.
No pequeno espaço
que lhe cabe no horário eleitoral, porém, ele partiu corajosamente para a
defesa de um liberalismo econômico e político à Ronald Reagan, tocando em
pontos que despertam no lulopetismo e na esquerda em geral ímpetos de
lançá-lo à fogueira: Estado mínimo, “menos Brasília (poder, burocracia,
centralização) e mais Brasil”, entregar o máximo de atividades produtivas ora
em mãos do Estado à iniciativa privada, privatizar a sacrossanta Petrobras,
diminuir a idade penal para colocar na cadeia dura bandidos perigosos que têm
menos de 18 anos — e por aí vai.
Com isso, saiu do
zero absoluto nas pesquisas de intenção de voto e começou a subir devagarinho,
até chegar aos 3% de intenções de voto no mais recente levantamento do
Datafolha.
Foi só a evangélica Marina Silva
surgir no tablado, porém, com a morte do titular da chapa, Eduardo Campos, e o
tsunami que atingiu Dilma e Aécio sobrou também para o pastor: ele desabou para
1%, equiparando-se a nanicos como Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV). Ou
seja, até no pequeno rebanho que se reunia em torno do pastor Marina foi roubar
votos.
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