sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
SERA SE FOSSE ELES NA BARRIGA,IRIAM PEDIR ME MATA ACHO QUE NÃO
ONU defende direito ao aborto em países
atingidos pelo zika
Para
o alto comissariado da entidade, a propagação do vírus e recomendações para que
a mulher adiem a gestação justificam a medida
05/02/2016 às 14:20 -
Atualizado em 05/02/2016 às 15:44
Mosquito Aedes
aegypti, transmissor da Dengue(Paulo
Whitaker/Reuters)
As Nações
Unidas pediram nesta sexta-feira aos países atingidos pelo vírus zika, suspeito
de provocar microcefalia, que permitam o acesso das mulheres à contracepção e
ao aborto.
O Alto
Comissariado para os Direitos Humanos dirigiu seu apelo especificamente aos
países sul-americanos, muitos dos quais não permitem nem o aborto, nem a pílula
do dia seguinte (contracepção de emergência), e que aconselharam as mulheres a
evitar a gravidez devido ao risco representado pelo vírus.
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"Claramente,
a propagação do zika é um grande desafio para os países da América Latina. As
leis e as políticas que restringem acesso a esses serviços devem ser
urgentemente revistas em consonância com os direitos humanos, a fim de garantir
na prática o direito à saúde para todos", disse em comunicado Zeid Ra'ad
Al-Hussein, chefe do comissariado.
"No
entanto, o conselho dado por alguns governos às mulheres para que evitem
engravidar ignora que muitas mulheres não têm qualquer controle sobre o momento
ou as circunstâncias nas quais podem ficar grávidas, especialmente em âmbitos
onde a violência sexual é bastante habitual", acrescentou.
O Alto
Comissariado lembrou ainda que a Organização Mundial da Saúde declarou a
epidemia umaemergência
internacional e advertiu para a propagação
"explosiva" do vírus.
Cidades de
regiões tropicais, como as da América Latina, são especialmente favoráveis à
proliferação do mosquito Aedes aegypti, considerado até o momento o
maior vetor de transmissão do vírus. No Brasil, onde o aborto é criminalizado,
o crescente número de casos de microcefalia associados ao zika tem ampliado as
discussões sobre a contracepção e interrupção da gravidez.
(Com Reuters)
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