Fotos: Cunha diz ter imagens de deputados incitando protesto

Presidente da Câmara diz que deputados serão representados e podem ser punidos; os nomes não foram divulgados
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que tem vídeos e fotos, feitos por seguranças da Casa, de parlamentares incitando manifestantes a invadir e agredir durante a manifestação realizada nesta terça-feira (7) no Congresso contra a votação do projeto que regulamenta a terceirização. Segundo Cunha, os parlamentares serão representados por ele à Corregedoria Geral da Câmara e poderão ser punidos com a pena de suspensão. (Veja fotos da manifestação abaixo)
“Parlamentares que incitaram multidões a invadir ou agredir e foram devidamente filmados e fotografados, serão representados à corregedoria e haverá sanções. Porque um parlamentar não pode estimular atos dessa natureza, certamente vamos remeter à corregedoria, que vai promover a sanção devida contra cada parlamentar que agiu quebrando o decoro”, disse Cunha.
Indagado sobre os nomes dos parlamentares, Cunha disse que não poderia dizer quem são neste momento:
“Não (tem os nomes), mas que vai ter sanção de suspensão, vai. Eu tenho o filme do Lincoln sendo atingido também, a segurança tem filmado. Não posso dizer nomes, vou dizer depois e esses vamos mandar para a corregedoria”.
O presidente defendeu a votação do projeto como forma de resposta do Congresso às manifestações violentas realizadas no dia de hoje.
“Da minha parte, quanto mais agride, mais vontade de votar. Cada vez que há uma pressão dessa, exercida de forma indevida, o Congresso tem que responder votando. Nós temos que ter o direito de exercer nossa representação. O povo nos colocou aqui. Protestos são legítimos, agora, quando parte para agressão, depredação e o baixo nível que imperou hoje, o Congresso tem que reagir”, defendeu Cunha.
O presidente disse que vai colocar em votação a apreciação da matéria em regime de urgência e que, se possível começará a votar o mérito ainda nesta quarta-feira (8). Cunha repetiu que não aceita retirar de pauta, como apelou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), e que se quiserem adiar a votação, terão que aprovar isso no plenário. Cunha disse ainda que como parte dos deputados é contrária, sabe que a votação poderá se arrastar.
“O apelo (para adiar) tem que se materializar em requerimento e ser aprovado em plenário. Não tiro de ofício. Que ganhem em plenário. Acham que tem pouco tempo? Tem 11 anos que debatemos e anunciei há 45 dias que ia votar. Só na hora que a gente pauta, é que buscam o acordo. Vamos para o voto”, disse Cunha, acrescentando que pessoalmente é a favor do projeto, mas que não pode votar por ser presidente.
O presidente da Câmara fez questão de dizer que as mudanças solicitadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foram feitas ao texto e que “não há possibilidade de provocar perdas para União”. Eduardo Cunha criticou também a Central Única dos Trabalhadores.
“Vi o projeto, não todo, mas dos 23 artigos que vi, 19 protegem direitos do trabalhadores. Não são as centrais (que estão contra), quatro vieram a mim e estão a favor. Só uma é contra o ponto cerne do projeto, a CUT. E é ele que está promovendo a manifestação que depredou a Casa”.
Fonte: Veja




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