Protestos preocupam e Mercadante critica 'radicalismo'
Dilma
escalou chefe da Casa Civil para comentar panelaço. Ministro tentou restringir
manifestação a bairros em que Dilma perdeu. E falou em '3º turno'
Por: Gabriel Castro, de Brasília09/03/2015 às 12:49 - Atualizado em 09/03/2015
às 13:17
Ministro Mercadante:em defesa de Dilma
ONo dia seguinte às manifestações
contra o governo durante o pronunciamento da presidente
Dilma Rousseff por ocasião do Dia da mulher, a petista escalou na manhã desta
segunda-feira o ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante para conceder
uma entrevista e tentar conter a maré de notícias contrárias ao Executivo.
Seguindo a cartilha do partido, Mercadante tentou minimizar os protestos,
afirmando que os panelaços não foram generalizados, mas ocorreram em cidades em
que Dilma perdeu as eleições - especialmente, em bairros nos quais saiu
derrotada. Afirmou, ainda que as manifestações, pacíficas e espontâneas,
preocupam.
"O que preocupa é que nós
tivemos uma eleição bastante polarizada e nós precisamos construir uma cultura
de tolerância de diálogo de respeito", disse ele, que continuou:
"Vamos debater alternativas, propostas. A democracia não pode ter o
protesto e a intolerância como
proposta, tem que ter o diálogo, tem que ter a discussão". O ministro
falou ainda em "terceiro turno" e "radicalismo": "Nós
não podemos transformar as eleições num terceiro turno e principalmente nós
precisamos construir uma cultura de tolerância, de diálogo, de debate e não uma
cultura de radicalismo, intolerância,
intransigência porque isso não ajuda o Brasil".
A dimensão dos protestos desse
domingo supreendeu o Planalto - e elevou a preocupação com a manifestação
agendada para 15 de março.
O petista defendeu o ajuste fiscal
implementado pelo governo e disse que medidas como a desoneração da folha de
pagamento precisam ser revistas para permtir uma recuperação da economia.
"Nós esgotamos os instrumentos que nós utilizamos", afirmou.
"Vários países estão saindo da política anti-cíclica, como a China e os
Estados Unidos. O Brasil tem que sair, e isso traz algum sacrifício".
Mercadante também disse não temer
pelo ajuste fiscal caso o Congresso derrube as medidas provisórias elaboradas
pelo governo para cortar gastos e aumentar a arrecadação: "Oitenta por
cento do ajuste depende do governo. Vinte por cento dependem do Congresso. O
Congresso nunca faltou ao país, eu acho que não faltará nesse momento"
fonte veja
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