Política monetária
Inflação deve convergir para meta apenas em 2016, diz BCEm ata, entidade não descarta um cenário de alta da inflação no curto prazo. Copom aumentou Selic em 0,50 p.p. na semana passada, para 11,75%
"Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante", reforçou, em ata, o BC (Elza Fiúza/Agência Brasil/VEJA)
A inflação no Brasil tende a se manter elevada em 2015, mas ainda no próximo ano entrará em "longo período de declínio". A previsão foi feita pelo Banco Central (BC) para justificar a aceleração de velocidade de alta dos juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa Selic subiu de 11,25% para 11,75% na semana passada. A informação consta na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira.
No documento, o BC não descarta um cenário de alta da inflação no curto prazo. O BC prevê a convergência da inflação para a trajetória de metas somente em 2016. "Para os três primeiros trimestres de 2016, apesar de indicarem que a inflação entra em trajetória de convergência para a meta de 4,5% fixada pelo CMN, as projeções também apontam inflação acima da mesma, tanto no cenário de referência quanto no de mercado", reforça a ata. O teto da meta é de 6,5%.
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Nesse cenário, o BC avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia, considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária. Mas avisa que é preciso se manter "especialmente vigilante".
"Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária", diz a entidade.
(Com Estadão Conteúdo)




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