Neurologia
Profissões complexas podem preservar a memória, diz estudoDe acordo com a pesquisa, carreiras consideradas complexas, como advocacia e engenharia civil, potencializam a memória e o raciocínio na velhice

Os trabalhos considerados complexos envolviam coordenação e síntese de dados, por exemplo (Thinkstock/VEJA)
Pessoas que trabalham em áreas que desafiam a mente, como advogados, arquitetos e designers, podem ter a memória e o raciocínio mais desenvolvidos na velhice do que indivíduos com ocupações menos complexas. Essa é a conclusão de um estudo publicado na quarta-feira no periódico Neurology.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Occupational complexity and lifetime cognitive abilities
Onde foi divulgada: periódico Neurology
Quem fez: Li Liu, Shefali Oza, Daniel Hogan, Jamie Perin, Igor Rudan, Joy E Lawn, Simon Cousens, entre outros
Instituição: Universidade Heriot-Watt, na Escócia
Resultado: Profissões consideradas complexas melhoram a memória e o racicínio a longo prazo
Título original: Occupational complexity and lifetime cognitive abilities
Onde foi divulgada: periódico Neurology
Quem fez: Li Liu, Shefali Oza, Daniel Hogan, Jamie Perin, Igor Rudan, Joy E Lawn, Simon Cousens, entre outros
Instituição: Universidade Heriot-Watt, na Escócia
Resultado: Profissões consideradas complexas melhoram a memória e o racicínio a longo prazo
Participaram da pesquisa 1 066 aposentados com idade média de 70 anos. Os pesquisadores tiveram acesso a testes de QI de cada participante aos 11 anos de idade e também analisaram a memória e a velocidade de raciocínio de cada um na idade atual. A profissão de cada indivíduo também foi registrada e classificada de acordo com o seu grau de complexidade.
As carreiras consideradas complexas envolviam coordenação e síntese de dados – arquitetos, engenheiros civis, músicos e designs gráficos são alguns exemplos. Já as menos complexas baseavam-se em copiar e comparar dados, como trabalhador da construção civil, telefonista ou balconista.
Além disso, as profissões que eram baseadas em instruir, negociar ou orientar outras pessoas, como advocacia, assistência social, cirurgia média e oficial de justiça, também foram categorizadas como complexas.
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Análise – Os pesquisadores constataram que aqueles que tiveram carreiras consideradas mais complexas se saíam melhor nos testes de memória e de raciocínio. Os resultados permaneceram os mesmos após os cientistas levarem em consideração o QI dos participantes aos 11 anos de idade, escolaridade e o grau de violência no ambiente em que viveram.
“Nossa análise sugere que os empregos mais estimulantes podem ajudar as pessoas no raciocínio e que esse benefício permanece mesmo depois que elas se aposentam”, explica o coautor do estudo Alan K. Gow, pesquisador da Universidade Heriot-Watt, na Escócia.
De acordo com os pesquisadores, apesar de ser verdade que pessoas com melhores habilidades cognitivas têm mais chances de conseguir empregos que exijam mais raciocínio, ainda existe uma moderada vantagem obtida por meio desses trabalhos complexos para a capacidade cerebral futura.
Como prevenir a perda de memória
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Dormir bem

É durante o sono que a memória e a aprendizagem se consolidam. Na fase denominada REM, o cérebro reúne as informações e lembranças adquiridas no dia e as repete para si mesmo — isto é, reativa os circuitos neurais utilizados durante o dia. A partir daí, o conteúdo migra para a chamada memória de longo prazo. "De dia, as informações estão bagunçadas no cérebro. No sono reparador, elas se organizam e passam a fazer sentido. Esse processo faz com que a pessoa não esqueça o que estudou, por exemplo", explica Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Por isso, dormir bem é um conselho recorrente para estudantes.
fonte veja





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