sexta-feira, 28 de novembro de 2014

MILHOES DE PESSOAS QUE ESTARÃO NO CORREDOR DA MORTE POR CAUSA DO EBOLA AGUARDAM ESTA VACINA

Vacina contra ebola tem resultados promissores nos EUA

Imagem: Centers for Disease Control and PreventionCientistas estão mais perto de desenvolver uma vacina contra o ebola, após resultados promissores de um teste de fase 1. Eles advertem, no entanto, que será preciso mais tempo de estudo antes que a vacina possa ser testada em larga escala. A pesquisa foi publicada na quarta-feira (12), no periódico New England Journal of Medicine.
A notícia vem à tona em meio à pior epidemia na história da febre hemorrágica, que até agora matou cerca de 5 600 pessoas, a maioria no oeste da África, e enquanto empresas farmacêuticas e agências de saúde lutam contra o tempo para aprovar rapidamente remédios experimentais e vacinas que possam conter o surto.
Na primeira fase de testes, 20 adultos saudáveis tomaram injeções, divididas em doses maiores e menores da vacina, e todos desenvolveram os anticorpos necessários para combater o ebola, informou o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), que conduziu o estudo.
“A escala sem precedentes da epidemia atual de ebola no oeste da África intensificou os esforços para o desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês), que desenvolve a vacina em conjunto com o laboratório GlaxoSmithKline.
“Com base nestes resultados positivos obtidos no primeiro teste com humanos desta candidata a vacina, aceleramos nossos planos para a realização de testes mais amplos a fim de determinar se a vacina é eficaz na prevenção da infecção por ebola”, acrescentou.
Essa vacina, porém, ainda está longe de ser testada em campo. O NIAID está “em ativa discussão com autoridades liberianas e outros parceiros sobre o próximo estágio dos testes com a vacina no oeste da África” para sua eficácia e segurança, mas nenhum anúncio sobre testes de larga escala é aguardado antes do início do ano que vem. Não existe tratamento ou vacina licenciada contra o vírus ebola, que é transmitido pelos fluidos corporais.
Os voluntários começaram a tomar as injeções em setembro e todos desenvolveram anticorpos ao vírus, conforme observado em exames de sangue realizados ao longo de quatro semanas.
Os 10 participantes do grupo que tomou a dose mais elevada desenvolveram níveis de anticorpos mais altos, informou o NIH. Além disso, duas pessoas do grupo que tomou a dose mais baixa e sete do que recebeu a dose mais alta desenvolveram células imunológicas do tipo CD8 T, que são importantes na resposta do corpo à doença.
“Sabemos, a partir de estudos anteriores com primatas, que as células CD8 T desempenharam um papel crucial na proteção dos animais que tomaram a vacina e, então, foram expostos ao ebola”, disse a pesquisadora Julie Ledgerwood, principal encarregada do teste.
Nenhum dos voluntários apresentou efeitos colaterais sérios no período do estudo, ainda que dois tenham tido febre moderada por um breve período, 24 horas após aplicada a injeção.
A vacina utiliza um vírus modificado de gripe que afeta chimpanzés para abrigar segmentos do material genético do ebola. O material genético não consegue se espalhar pelo corpo como faz o vírus integral, mas ainda é capaz de ativar resposta nos anticorpos.
A versão testada no NIH contém material de dois subtipos de ebola: o do Zaire, responsável pela epidemia atual no oeste da África, e outra chamada ebola do Sudão. Uma segunda versão da vacina, desenvolvida para bloquear apenas o ebola do Zaire, também teve os testes iniciados em outubro na Universidade de Maryland.
Outra vacina experimental que apresentou resultados promissores em primatas foi a canadense VSV-EBOV, licenciada pela empresa americana NewLink Genetics. Ela também está nos estágios iniciais de testes em humanos.
Fonte: Veja

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