Vídeo: Hamas admite sequestro de adolescentes e Israel faz ataque

Morte de jovens causou espiral de violência que levou a ofensiva em Gaza. Até então, o Hamas se recusava a confirmar ou negava envolvimento
Uma autoridade do Hamas disse que membros do grupo militante sequestraram três adolescentes israelenses cujas mortes em junho provocaram uma espiral de violência que levou à atual guerra em Gaza, na primeira vez que o movimento islâmico reconheceu envolvimento no caso. Veja o vídeo abaixo.
Em uma conferência em Istambul, Saleh al-Arouri, autoridade do Hamas na Cisjordânia que vive exilado na Turquia, aparentemente confirmou as acusações israelenses de que o grupo militante islâmico foi responsável pele sequestro dos adolescentes.
“Houve muita especulação sobre esta operação, alguns disseram que era uma conspiração”, disse al-Arouri a delegados durante reunião da União Internacional de Acadêmicos Islâmicos, na quarta-feira, segundo gravação divulgada pelos organizadores.
“A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada, e culminou na operação heróica das Brigadas Qassam em aprisionar os três colonos em Hebron”, disse, referindo-se o braço armado do Hamas.
Até então autoridades do Hamas se recusavam a confirmar ou negavam envolvimento.
Ataque aéreo em alvos do Hamas
Ataques aéreos de Israel contra uma casa na Faixa de Gaza mataram três comandantes do Hamas nesta quinta-feira (21). As mortes foram confirmadas pelo próprio grupo radical palestino. Pelo menos outras três pessoas também morreram no bombardeio, que destruiu uma construção de quatro andares perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza. Autoridades palestinas indicaram que mais de dez pessoas podem estar presas nos escombros.
Segundo o Hamas, os chefes militares mortos são Mohammed Abu Shamaleh, Mohammed Barhoum e Raed al-Attar. De acordo com a rede britânica BBC, os três eram importantes chefes militares do grupo terrorista e tinham funções destacadas na construção de túneis subterrâneos. Além disso, os militantes mortos participaram ativamente no sequestro do soldado israelense Gilad Shalit, raptado em 2006 e trocado cinco anos depois por 1.027 prisioneiros palestinos.
‘Alvos legítimos’
Os confrontos em Gaza recomeçaram na última terça depois que o Hamas rompeu o cessar-fogo na região ao disparar foguetes contra o território israelense. As negociações de paz no Cairo também foram interrompidas. Na quarta-feira, Israel bombardeou o refúgio de Mohammed Deif, chefe do braço armado do Hamas. O ataque matou a mulher e um filho do militante, mas Deif escapou com vida. Ao comentar o episódio, o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que “os líderes de organizações terroristas são alvos legítimos”. Netanyahu também voltou a declarar que a operação em Gaza só vai terminar quando Israel “estiver em segurança”.
Fonte: G1 e Veja
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