Marina: cargo de presidente não é propriedade
de partido
Ex-ministra voltou a tentar dissociar-se da crise na campanha do PSB
Eduardo Gonçalves
·
ex-senadora Marina Silva aguarda
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que conceda registro ao partido
Rede Sustentabilidade, legenda fundada por ela - Fabio Rodrigues
Pozzebom/ABr/VEJA
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, evitou
falar nesta sexta-feira sobre a possibilidade de, se eleita, deixar o PSB para
retomar o projeto de viabilizar sua Rede Sustentabilidade na
Justiça Eleitoral. Questionada se assumia o compromisso de permanecer
na sigla durante um eventual primeiro mandato, Marina desconversou:
"Eu me comprometo em governar o Brasil, nós não devemos tratar o
presidente como propriedade de um partido. A sociedade está dizendo que quer se
apropriar da política. E as lideranças políticas precisam entender que o Estado
não é o partido, e o Estado não é o governo".
A candidata também fez questão de afirmar que, se chegar ao Palácio do
Planalto, trabalhará pelo fim da reeleição. "Assumo publicamente o
compromisso de ter um mandato de apenas quatro anos para que o Brasil
estabeleça uma lógica de orientar a sua ação não com base em fazer o que
precisa para se reeleger", afirmou.
Marina voltou a
tentar desvencilhar-se da crise que levou à saída de
Carlos Siqueira da
coordenação da campanha – agora a cargo da deputada Luiza
Erundina. "A dinâmica da campanha vai continuar a mesma porque o PSB
mantém a titularidade em todas as coordenações. Não vamos mudar o organograma.
A mudança foi feita pelo PSB e continua com o PSB. O meu compromisso foi de
manter todas as pessoas que estavam e colocar as pessoas que eu achava mais
adequadas na coordenação adjunta", disse.
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Como já havia dito,
Marina afirmou que não irá subir
em palanques estaduais nos quais
o PSB se aliou ao PT ou ao PSDB, como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraná e Santa Catarina. "As alianças serão mantidas do jeito que
foram feitas pelo Eduardo Campos. Eu não vou aos palanque que já não estava
indo", disse.
fonte veja.
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