Dilma cria comitê evangélico para campanha presidencial
Dilma cria comitê evangélico para campanha presidencial
Mesmo quebrando promessas de 2010, PT repete estratégia
Em
2010 muitos analistas políticos indicaram que a polarização do debate de
questões como aborto e casamento gay é que levaram a disputa para o segundo
turno. Um dos maiores motivos para isso foi a manifestação pública da CNBB
contra as propostas do PT e um grupo de evangélicos, com destaque para Silas
Malafaia, que acusava a candidata Dilma de ser favorável a essas questões.
Quatro
anos atrás, o comitê de Dilma costurou alianças com vários partidos cuja
liderança tinham representatividade junto aos evangélicos. Tempos depois,
muitos romperiam com o PT, alegando terem sido traídos. Em especial, o Partido
Social Cristão (PSC), por conta da perseguição política contra o deputado
pastor Marco Feliciano.
Com
os números das pesquisas mostrando um possível segundo turno, a campanha de
Dilma procurou criar um “comitê evangélico”, de representatividade
questionável. Segundo o jornal O Globo, os nove partidos que lutam pela
reeleição da presidente escolheram para fazer parte dos interlocutores com as
igrejas evangélicas Marcos Pereira, presidente do PRB, Gilberto Kassab, do PSD,
e Eurípedes Júnior do PROS.
Além destes, estavam
presentes Aloísio Mercadante, Rui Falcão e Berzoini (PT), Michel Temer (PMDB),
Carlos Lupi (PDT), Ciro Nogueira (PP), Luciano Castro (PR) e Renato Rabelo
(PCdoB).
O
processo teve início quando Pereira, do PRB, partido ligado à IURD, reclamou
com Dilma que existe grande resistência dos fiéis à reeleição de Dilma
justamente por que o governo petista quebrou sua promessa e de forma extra-oficial tornou legal tanto a união civil de
homossexuais quanto o aborto. A presidente vem se justificando que não
mudou nenhuma lei com relação aos temas. Agora, além da criação do comitê ela
quer se reunir com pastores para esclarecer o caso.
Quando surgiu o Partido da República e Ordem Social (PROS), seus líderes s anunciaram
que não fariam parte da bancada evangélica. Contudo, se posicionaria favorável
aos “temas evangélicos”, incluindo aborto, eutanásia e a homofobia.
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